O TEMPO

Haroldo Max de Sousa

O tempo, como um caminheiro errante

Vindo do sempre se acomoda ao meio

Atrevido, dispõe suas garras e dentes

Movendo vidas sem nenhum rodeio.

 

Traz alegrias, tristezas, divagações...

Roendo ossos, regurgitando as veias

Ensinando que nesse vale de ilusões

A morte espreita e vigilante negaceia.

 

Tempo não têm destino, é como os ventos

A  todos tocam e em suas almas permeia

Não há escape, o melhor é ficar atento.

 

Assim digo: vivi tanto e também tão pouco

Recalcitrando o tempo que me incendeia 

Quebrando espelhos, gritando ate ficar rouco!

  • Autor: Haroldo Max de Sousa (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de janeiro de 2022 01:16
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 18
Comentários +

Comentários1

  • Claudia Casagrande

    Eu tenho a impressão que todos temos uma poesia sobre o tempo, mas seu soneto ultrapassa qualquer expectativa.
    Parabéns!
    grande abraço



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