Haroldo Max de Sousa

O TEMPO

O tempo, como um caminheiro errante

Vindo do sempre se acomoda ao meio

Atrevido, dispõe suas garras e dentes

Movendo vidas sem nenhum rodeio.

 

Traz alegrias, tristezas, divagações...

Roendo ossos, regurgitando as veias

Ensinando que nesse vale de ilusões

A morte espreita e vigilante negaceia.

 

Tempo não têm destino, é como os ventos

A  todos tocam e em suas almas permeia

Não há escape, o melhor é ficar atento.

 

Assim digo: vivi tanto e também tão pouco

Recalcitrando o tempo que me incendeia 

Quebrando espelhos, gritando ate ficar rouco!