O tempo, como um caminheiro errante
Vindo do sempre se acomoda ao meio
Atrevido, dispõe suas garras e dentes
Movendo vidas sem nenhum rodeio.
Traz alegrias, tristezas, divagações...
Roendo ossos, regurgitando as veias
Ensinando que nesse vale de ilusões
A morte espreita e vigilante negaceia.
Tempo não têm destino, é como os ventos
A todos tocam e em suas almas permeia
Não há escape, o melhor é ficar atento.
Assim digo: vivi tanto e também tão pouco
Recalcitrando o tempo que me incendeia
Quebrando espelhos, gritando ate ficar rouco!