No caminhar da vida,
quando o vento bate em uma única sintonia,
vejo caçadores procurando relíquias nos mais diversos pontos da cidade.
Colecionadores de pessoas erradas,
invalidados custosos, altos preços a serem pagos, sem quaisquer fins.
Avultados sendo substituídos por meros despiciendo.
No caminhar da vida,
presa ao barulho do detector,
na esperança de algo validado,
encontro objetos de descarte que recuso a desapegar pelo trabalho que tive para obter.
Colecionadores de pessoas erradas, assim como eu,
presos em vulgaridades sem a possibilidade de detectar relíquias.
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Autor:
Thamiris Zanin (
Offline) - Publicado: 23 de maio de 2020 21:10
- Comentário do autor sobre o poema: Criei o poema com o intuito de retratar metaforicamente a dificuldade em encontrar uma pessoa boa na atualidade, nomeada como relíquia. Visa a construção da ideia de prisão em colecionar indivíduos inapropriados e não permitir encontrar novas possibilidades. O objetivo é justamente polemizar o conceito de certo ou errado na forma específica e única, tratando da busca pela relíquia como algo complexo e de individualidade. Investimentos emocionais, desgaste físico e mental, falta de reciprocidade, coibição, enfatiza a minha obra.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 46
Offline)
Comentários4
Muito bom, parabéns.
Muito obrigada pelo comentário Eliabe.
Eu, particularmene, achei este poema excelente.
Parbns
1 ab
Obrigada pelo comentário Nelson.
Abraços.
Belo poema !
Muito Obrigada Corassis.
Carissima Thamiris, há algum tempo, venho chamando essas pessoas de vampiros de energia, são pessoas que não nos acrescentam nada, que após alguns momentos de conversa, elas saem e a gente fica, mentalmente, cansados, esvaziados. Evito, sempre que posso. Mas como não é fácil identificá-los de pronto, acontece.
Gosto muito dessa forma de busca, no poema... valeu...
Querido Chico, obrigada pelo seu comentário, gostei muito. Sua metáfora é bem condizente com o perfil de pessoas que conhecemos também na atualidade como "tóxicas". As vezes é inevitável esbarrarmos com elas, mas procuramos não mante-las próximas.
Agradeço mais uma vez a sua opinião,
abraços.
Valeu...
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