Casa onde Van Gogh morou, junto com Paul Gauguin
Casa amarela
Dias longos, noites frias, que acolhedoras, colhem frutos e sementes.
Luzes, velas, sonhos escondidos entre os quadros aquarela.
Quão grande foste os sorrisos derramados entre o batentes
E pelos cantos cantavam-se prosas dentro da casa amarela.
Dias sombrios, noites amargas, que fétidas, entorpecem o pudor.
Tempestades, prantos, gritos sofridos debaixo das telhas entre eles e ela
Quão grande foste as angústias sufocadas e enterradas em cada dor
E em cada cômodo vazio, um suspiro e uma lágrima na casa amarela.
Dias cinzas, noites sem cor, que ingênuos calam as vozes.
Repetições, rotinas, manias marcadas no calendário de primavera
Enquanto, desabrocham triunfantes suas flores de botões nobres
A vida não faz sentido dentro de uma comum casa amarela.
Dias ensolarados, noites estreladas, que lívidas, acalmam o coração
Risos, encantos, saudações ao Sol e as estrelas que moram na janela.
Havia luz e vida entre as portas, assim como lá fora havia verão
Todas as estações de uma história são abrigadas pela casa amarela.
- Autor: A.M.B (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de maio de 2020 16:12
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 42
Comentários4
Muito boa poesia!
Quantas lembranças nos trazem uma casa, boas e ruins.
Quando existe a rotina e repetição na vida. É o início do fim dela.
Sua interpretação foi encantadora. Muito obrigada Vilk! 🙂
Penso, lendo seu poema, um casarão estilo barroco onde se desenvolveram grandes dramas e alegrias de seus personagens/moradores.
Assim intrpretei.
1 ab
Amei sua interpretação! haha É bom imaginar que em um lugar tão grandioso ainda guarda tristeza e apatia, assim como alegrias. Muito obrigada! 🙂
Magnifico, a recordação nos traz momentos mágicos, outrora vividos.
Muito obrigada pelo comentário 🙂
Tão natural e profundo quanto a luz que reflete em teus cabelos, em sua fotografia. Momentos no qual uma casa abriga seja noite ou dia, todos os dias, em nosso dia a dia... em qualquer lugar onde esteja presente a nossa vida.
Frisou muito bem Leo. Fico feliz que este poema tenha lhe dado esse insight. Muito obrigada pelo comentário 🙂
O prazer sempre será meu!!
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