Casa onde Van Gogh morou, junto com Paul Gauguin
Casa amarela
Dias longos, noites frias, que acolhedoras, colhem frutos e sementes.
Luzes, velas, sonhos escondidos entre os quadros aquarela.
Quão grande foste os sorrisos derramados entre o batentes
E pelos cantos cantavam-se prosas dentro da casa amarela.
Dias sombrios, noites amargas, que fétidas, entorpecem o pudor.
Tempestades, prantos, gritos sofridos debaixo das telhas entre eles e ela
Quão grande foste as angústias sufocadas e enterradas em cada dor
E em cada cômodo vazio, um suspiro e uma lágrima na casa amarela.
Dias cinzas, noites sem cor, que ingênuos calam as vozes.
Repetições, rotinas, manias marcadas no calendário de primavera
Enquanto, desabrocham triunfantes suas flores de botões nobres
A vida não faz sentido dentro de uma comum casa amarela.
Dias ensolarados, noites estreladas, que lívidas, acalmam o coração
Risos, encantos, saudações ao Sol e as estrelas que moram na janela.
Havia luz e vida entre as portas, assim como lá fora havia verão
Todas as estações de uma história são abrigadas pela casa amarela.