UM JEITO MOLEQUE DE SER
Jamais saberia em tão tenra idade
Do plantio e colheita, do ignoto destino
Qualquer colorido diante do olhar
Que pudesse sentir ou mesmo tocar
Era tudo brinquedo nas mãos do menino
O dia que parece ser curto demais
Pr'aquele que nasce com dotes ladinos
Faz braço-de-ferro frente a sua energia
Se queda pra força da tão pequena cria
E quem sabe perdoa os seus desatinos
Num dia chuvoso se lhe muda a rotina
Ingerência da vida que vem repentino
Aos brincos da rua não tem permissão
Remove dum canto um velho violão
E vibram as cordas na mão do menino
Peraltices que vão surpreender o infante
No som destoante e cruel desafino
Na inconstância remexe no bem alheio
Pra disfarçar o indomável anseio
Do mundo lá fora que chama o menino
Inventa a canção, e imagina a platéia
Piston, bateria, guitarra e o violino
A banda completa nos palcos da vida
Fama e riqueza, pobreza esquecida
E o mundo aplaudir talentoso menino
Quanto tempo cantou e o quanto tocou
Se cantor se formou nem eu imagino!
Só sei que a chuva parou qualquer hora
A porta irrompeu saltitando pra fora
Se sujando no barro o divertido menino
- Autor: Elfrans Silva (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 16 de janeiro de 2022 02:52
- Categoria: Infantil
- Visualizações: 28
Comentários3
Poema com engenhosidade,assemelha_ se com a trajetória de uma vida.Chapéu!
Tem um pouco de toda criança aí, nessa história. Na 3° estrofe, tem muito de mim.
Agradeço a sua leitura, poeta Maria Dorta.
Beijo no coração. Boa noite e excelente quarta-feira.
Bom dia Efrans.
Uma descrição comovida de uma vida, como bem disse nossa amiga Maria.
Excelente, poeta.
1 ab
Boa noite agora, poeta Nélson de Medeiros. Sim, a Dorta faz sempre excelentes leituras de nossos poemas.
E voce tbm me honra nessa parceria no comentário. Forte abraço meu amigo. Uma noite de paz pra você. Gratidão
Muito bom!
Olá poeta amigo, Jorge Jacinto, gratidão por seu comentário. Sempre bom recordar essa fase de nossa vida. Tudo vira brinquedo na mão de um menino não é? Abraços fraternos, poeta. Boa noite
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