Estou pensando na poesia
Das mãos que constroem lutas
Na poesia dos corações atentos
Que sobrevivem ao caos!
Estou atento a poesia
A poesia de letras lúdicas
Que produzem sonhos
A poesia dos dedos e suas falanges
Que se formata em mãos poderosas!
Estou vigiando a poesia
A poesia dos olhos mutilados
A poesia das pupilas vencedoras
Que explodem
Em globos incansáveis!
Estou caminhando com a poesia
A poesia dos braços corajosos
A poesia das pernas apressadas
Que correm na estrada devastada
Mas constroi caminhos!
Estou bebendo a poesia
Poesia, precioso vinho
Servida na graal
Como na última ceia
Poesia, pão dos imortais!
Estou vivendo a poesia
A poesia dos corpos incansáveis
A poesia, labor dos indomáveis
Repouso dos pressurosos corações
Tal qual a ânsia do último cálice!
Estou comendo a poesia
Alimento de quem sofre
A poesia dos que amam
Dos que viram copos
E que entrelaçam corpos
- Autor: Carlos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de maio de 2020 10:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
Comentários3
Poema bem concatenado. Muito sentido nele.
1 ab
Obrigado meu caro! A poesia é o pão dos imortais; não que eu seja um deles, porém ela me alimenta.
Que lindo Carlos. Com traços de metalinguagem, mas que coloca sujeitos poetas, espaços, situações... sem contar com uma construção impecável. Maravilhoso!!! Parabéns.
Queria ter um pouco mais de preocupação com os recursos literários e com a tecnica, mas quando escrevo é como se fosse algo hemorrágico, não dá tempo, se eu não cuido o sangue se esvai por completo. Obrigado, mestre Vanda!
A poesia falando da poesia, é isso.
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