Estou pensando na poesia
Das mãos que constroem lutas
Na poesia dos corações atentos
Que sobrevivem ao caos!
Estou atento a poesia
A poesia de letras lúdicas
Que produzem sonhos
A poesia dos dedos e suas falanges
Que se formata em mãos poderosas!
Estou vigiando a poesia
A poesia dos olhos mutilados
A poesia das pupilas vencedoras
Que explodem
Em globos incansáveis!
Estou caminhando com a poesia
A poesia dos braços corajosos
A poesia das pernas apressadas
Que correm na estrada devastada
Mas constroi caminhos!
Estou bebendo a poesia
Poesia, precioso vinho
Servida na graal
Como na última ceia
Poesia, pão dos imortais!
Estou vivendo a poesia
A poesia dos corpos incansáveis
A poesia, labor dos indomáveis
Repouso dos pressurosos corações
Tal qual a ânsia do último cálice!
Estou comendo a poesia
Alimento de quem sofre
A poesia dos que amam
Dos que viram copos
E que entrelaçam corpos