Labirinto

Liduina do Nascimento

 

 

LABIRINTO

 

Solidão, água estagnada

refletindo além da alma

a face desmotivada, pertencer

sem estar, desistir sem tentar

falta coragem para fugir.

 

Fenda profunda, sentimentos,

pedras pontiagudas.

 

Proteger-se da própria existência,

é entrar num labirinto,

perdendo-se na ausência, por dentro

onde não há um caminho

estreito, esquecido.

 

Longe do abrigo, presa vulnerável

aos perigos.  Redemoinhos.

O relógio é veloz,  seus ponteiros

tangem sonhos perdidos.

 

Liduina do Nascimento

 

  • Autor: Liduina do Nascimento (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de janeiro de 2022 09:52
  • Comentário do autor sobre o poema: Poesia
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 10
Comentários +

Comentários1

  • Cecilia

    Vim à sua página, ler maia você, Liduina. Curti cada poema, gostei de todos. Hoje, guardo para mim este verso lindo: seus. ponteiros tangem sonhos perdidos. Abraço.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.