Contra o concreto da calçada,
folhas repousam sossegadas,
mas, voam ao serem varridas,
sendo em borboletas alçadas.
Batendo asas ao vento,
são carreadas pela torrente
de elementos dormentes,
capturados sem consentimento.
Vento de plácida comoção
sopra intenso e nada o detém,
pois, Clio, a musa que libera a inspiração
não catalisa a razão por puro desdém.
Folhas transmutam-se borboletas
quando a criatividade vence a razão
e pelo vento dos sonhos são levadas
para muito além da emoção.
-
Autor:
Helio Valim (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 2 de janeiro de 2022 11:54
- Comentário do autor sobre o poema: Nove musas inspiradoras residiriam no monte Hélicon, na região de Téspias, Grécia central, em consonância com a mitologia grega. Seriam filhas de Zeus e Mnemósine, sendo as deusas responsáveis por inspirar as artes, a ciência e a literatura. Entre elas encontrar-se-ia Clio, cujo nome significaria, em grego clássico, a “Proclamadora”, a musa da história e da criatividade.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 28
Offline)
Comentários2
Lindo poema!!
Helio, seu livro é incrível. Li ele todo e agora leio aleatoriamente algumas poesias e alguns porquês.
Muito legal a Esporte Clube, bela homenagem.
um grande abraço
Olá, Claudia
Obrigado pelo comentário e por ter lido o livro.
Fico feliz que ele tenha lhe impactado tão intensamente. Esse sempre foi o objetivo do livro.
O poema Esporte Clube reproduz boas lembranças da minha infância, que recordei durante o isolamento.
Um grande abraço, minha amiga
Bom poema e melhor ainda,a lição de História da Grécia Antiga com seus deuses. Chapéu!
Olá, Maria Dorta
Obrigado pela observação. É fato que o comentário complementa o poema, que brinca com a criatividade de olhar para uma folha ao vento e ver uma borboleta voando. Naturalmente, sob desígnios da musa Clio.
Um grande abraço e um 2022 de saúde e paz
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.