Aviso de ausência de Chico Lino
NO
NO
TANATUS
Chico Lino
Pisei, sem querer, numa formiguinha...
Tal incidente
Trouxe-me a mente
Lembranças de fatos idos
Hoje, tão doloridos
Como um menino de 1954
Pagaria sua dívida aos inúmeros
Passarinhos que contou
Num tempo em que
Um couro de onça
Era uma medalha de ouro
No peito de quem matou
Perdoe beija flor, sanhaçus
Cambaxirras, rolinha
Que juízo eu tinha?
Em meu instinto exibicionista
Era como uma conquista
O que é grande asneira
Acrescentar marcas de mortes
Num estilingue de goiabeira
Sem palavras
Fico calado
Sobre a asfixia dos peixes
À degola das aves e
À matança do gado...
- Autor: Chico Lino (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de maio de 2020 00:02
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 23
Comentários4
Belo reconhecimento descrito ,e retratação !
Parabéns pelo belo poema .
Abraços
Corassis... muito obrigado pelo carinho da leitura, comentário e interpretação... há tempos venho pensando em Tanatus, esse instinto de morte, que permeia a nossa humanidade por ser tb, intrínseco do ser humano. Como a lua, temos um lado oculto, que precisa vir à luz... forte abraço...
Buenas tchê. Parabéns. Era permitido.
Baita mea culpa.
Mas, sine lege nullum crimen nulla poena... Declaro o réu inocente, kkk.
Um quebra costelas.
CHICO LiNO; . Nasci em família de caçadores: pele de onça, chifres de veado, couro de cobra, revistas na couraça de tatu, rãs à milanesa no jantar... Ó tempora, ó mores! Nenhum remorso, muitas lembranças. O seu poema é muito bom, parabéns!!!
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