Vil e serviçal corsário
ao rei serve para agradá-lo,
mesmo sem ideário,
ou maestria para fazê-lo.
Sendo devotado caudatário,
sem coragem para confrontá-lo,
vil e serviçal corsário
ao rei serve para agradá-lo.
Ansiando por dividir o erário,
pela parte do butim, seu regalo,
não percebe o chefe arbitrário
que, apenas, deseja mantê-lo
vil e serviçal corsário.
- Autor: Helio Valim (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de dezembro de 2021 10:36
- Comentário do autor sobre o poema: Rondel ---------------------------------------------------- Em um reino, não tão distante, um rei incapaz delegou suas atribuições a uma trupe de vassalos incompetentes, enquanto passava o seu tempo em cavalgadas pelos arredores do palácio, saldado por nobres e burgueses, interessados em manter seus privilégios e sonegar impostos, deixando o povo abandonado. Momento fundamental de seu desorganizado reinado foi a entrega da carta de corso a um bucaneiro, pouco conhecido entre seus pares de pirataria, e que mantinha sua base em uma ilha do Caribe. Tal corsário ficou responsável pelo saque ao tesouro (erário) e por dividir o butim com a elite local. O monarca arbitrário percebendo a expansão desta influência, logo, cerceou seus poderes, pois, apenas desejava um vil e serviçal corsário. https://kotter.com.br/loja/isolamento-do-caos-ao-imaginario-helio-valim/
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 15
Comentários2
Helio, ler suas poesias é um aprendizado. São profundas, significam muito e por isso eu leio e releio sem pressa.
Obrigada.
grande abraço
Obrigado, Claudia.
Fico muito feliz com seus comentários, sempre valorizando os meus textos.
Um grande abraço, minha amiga
Um estiloso e rico rondel e um comentário interessantíssimo!
Abraço, Helio
Olá, Hébron
Obrigado pelo comentário. Como no livro "Isolamento" os textos auxiliares (minicrônicas) complementam a crônica poética.
Um grande abraço, meu amigo
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