VIDRO

Da minha janela indiscreta,

Vejo os arrependimentos, de uma sociedade secreta

Passeando sobre os jardins, 

Caminham sobre pedras e afins 

Tento não deixar, a maldade chegar até mim.

Foco no presente, mas é impossível não pensar, que tudo se aproxima do fim 

Através do vidro, vejo o reflexo...

De como é complexo,

A presença desse mundo paralelo...

O universo parece tão singelo....

Porém, tudo se transforma...

As pessoas vão embora,

Antes da hora...

Por mais que tente, não é fácil aceitar 

Não gostamos das coisas fora de lugar.

Todo ser humano é falho...

E às vezes esquecemos, de como a vida é frágil 

As palavras se perdem, perante o vazio...

Da voz que aconselhava, e agora o infelizmente partiu...

Sei que é difícil, mas se possível, seja compreensível, com quem o feriu...

Pois os cortes podem cicatrizar...

Mas amigos que perdemos, nem mesmo o tempo pode curar...