Pelo espaço entre artes concretistas
Perco a vista pela imensidão do mar
Ondas rolam origem da própria água
Como lágrimas rolando do meu olhar
Aquelas correm dissolvendo na areia
Onde a sereia recosta ali seu encanto
Estas deslizam pelo rosto, indefinidas
Resumidas dum amor que virou pranto
As aves revoam nos refluxos da maré
Parangolé das asas que vão se abrindo
São penetráveis através dos labirintos
Que deferindo na alma diz o que sinto
Vejo o mastro de um barco a tremular
Expressão visual um abismo de pendor
Cai dos meus olhos um marejo fugidio
Do vazio que sinto da sereia meu amor
Mar imagético da nossa expressividade
Sensibilidade palmilhando sobre águas
E no olhar ensombrecido nessa imagem
Há linguagem da alma sobre as lagrimas
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Autor:
Arlindo Nogueira (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 22 de novembro de 2021 00:15
- Comentário do autor sobre o poema: Linguagem Visual é um poema para comunicar uma ideia do uso de uma linguagem visual. Pois, assim como as pessoas podem "verbalizar" o seu pensamento, elas podem "visualizar" o mesmo. No poema construímos vários elementos da linguagem, que se constituem em arte e design. O mapa do poema, converge-se para o uso da linguagem visual, quando fica explicito nas seguintes frases: -lágrimas que rolam, parangolé das asas que abrem, vazio da sereia e sensibilidade andando nas águas do mar. São unidades poéticas que se estruturam, incluindo uma linha de pensamento com forma, movimento textual, padrão, direção e orientação. Conforme resume o último verso da última estrofe, “há linguagem da alma sobre as lagrimas”. Acredita-se também que a fala e a comunicação visual são meios paralelos e geralmente interdependentes pelos quais seres humanos trocam informações.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 13
Offline)
Comentários2
Bacana poeta, amo arte visual, e requer sensibilidade para tal expressão, além da própria visão e observação, o ato de criação da arte poética é sublime! Obrigada pela partilha!
Muito bom poema! Consegui ver e sentir a linguagem visual.
Abraços,
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