Pelo espaço entre artes concretistas
Perco a vista pela imensidão do mar
Ondas rolam origem da própria água
Como lágrimas rolando do meu olhar
Aquelas correm dissolvendo na areia
Onde a sereia recosta ali seu encanto
Estas deslizam pelo rosto, indefinidas
Resumidas dum amor que virou pranto
As aves revoam nos refluxos da maré
Parangolé das asas que vão se abrindo
São penetráveis através dos labirintos
Que deferindo na alma diz o que sinto
Vejo o mastro de um barco a tremular
Expressão visual um abismo de pendor
Cai dos meus olhos um marejo fugidio
Do vazio que sinto da sereia meu amor
Mar imagético da nossa expressividade
Sensibilidade palmilhando sobre águas
E no olhar ensombrecido nessa imagem
Há linguagem da alma sobre as lagrimas