Os tempos ensombrecidos
Segredaram a cor do amor
Foram trevas e instante já
Da retina sem fito na flor
Fugidio mar sem retorno
Da lágrima fugaz daqui
Há logos e magia da vida
Entre o renque de buritis
Palmeiras frondosas e belas
Inebriante sombrear-se nelas
Mauritiellas do verde encanto
Perpassando veredas sem fim
As arecáceas tecem em mim
Réstia da flor que amo tanto
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Autor:
Arlindo Nogueira (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 19 de novembro de 2021 02:33
- Comentário do autor sobre o poema: Escrevi o soneto “Renque de Buritis”, exatamente entre as palmeiras da rua onde eu moro (Agronômica – Florianópolis – SC. Há nos versos um movimento de distinção entre a realidade e aparência. É claro, a discursiva poética, pode mudar de forma as coisas, porém, é um aparente mobilismo baseado na sensibilidade e na linguagem poética. Pois, ao passear pela rua entre as palmeiras, nasce a versificação contrastando com aquela linda natureza. Já na primeira estrofe, torna-se sombrio, há só murmúrio de amor, sem olhar para as flores. Na segunda estrofe, há fuga do poeta, sob conspiração do universo, imaginado que o renque de buritis é uma magia. Portanto, nas duas primeiras estrofes, fica nítido a mudança do cenário, onde uma bela rua coberta por lindas palmeiras, seja desconstruída pela subjetividade do poeta. No entanto, nas duas últimas estrofes, existe a sensibilidade e a mobilidade do retorno, para as belas palmeiras, suas funções na natureza, seus encantos, culminando com o olhar para a flor do seu amor. Por conseguinte, esse meu soneto é uma construção de versos poéticos, possíveis de identificar uma coisa diferente em algo que permanece a mesma coisa. Ou seja, apesar das mudanças, esse algo é constante, do que significa que não pode ser tomado como definidor da realidade poética.
- Categoria: Natureza
- Visualizações: 8
Offline)
Comentários2
Bpm dia poeta.
O soneto é a mais bela expressão da poesia.
Parabens
1b
Muito bom!
Amigo poeta!
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