Arlindo Nogueira

RENQUE DE BURITIS - (Soneto)

Os tempos ensombrecidos

Segredaram a cor do amor

Foram trevas e instante já

Da retina sem fito na flor

 

Fugidio mar sem retorno

Da lágrima fugaz daqui

Há logos e magia da vida

Entre o renque de buritis

 

Palmeiras frondosas e belas

Inebriante sombrear-se nelas

Mauritiellas do verde encanto

 

Perpassando veredas sem fim

As arecáceas tecem em mim

Réstia da flor que amo tanto