Noite de novembro.
Noite longa quase infinda.
Noite insone de verão.
Árvores paradas no ar,
Folhas caídas não chão,
Nenhuma folha balança
O vento fugiu a tarde.
Cães que latem unidos
Parecem uma irmandade.
Calopsitas que gritam
E grilos silenciados.
Papagaios que se agitam,
Em gaiolas e quintais.
Um galo que canta longe
Um outro que lhe responde
Vão tecendo a madrugada
E ainda estou insone.
Pensamentos em ação
Que teimam em ir e vir,
Sem rumo, sem direção,
Como o balanço das ondas,
Em um mar bem agitado.
O sono está em algum lugar,
Leve, solto e saltitante
É como um marido ausente
Que deixa a esposa amada
Para ficar com amante.
- Autor: LEIDE FREITAS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de novembro de 2021 02:42
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 21
- Usuários favoritos deste poema: Shmuel
Comentários3
Que bonito! Descreveu com elegância uma noite insone.
Abraços!
Boa noite! Obrigada!
De vez em quando tenho problemas para dormir, principalmente quando estou chateada ou preocupada com alguma coisa.
Um insônia com produtividade. Uma bela composição! Parabéns! Um bom dia!
Fico feliz que gostou.Boa noite!
Parabéns, excelente obra. Adorei.
Obrigada! Desejo uma excelente noite.
Obrigado, para ti também!
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