Os braços em cruz estendidos,
Olhos no horizonte perdidos,
Caminha o povo para o calvário.
Refém da fome, da dor e privação,
Carrega sua cruz da aflição!
Tem saudade do passado,
Quando era feliz e não sabia.
Se não tinha fartura,
Também não passava fome.
Não faltava emprego ao homem.
Os braços em cruz estendidos,
Caminha o povo para o calvário,
Um cortejo esfomeado de velhos,
Adultos e pobres crianças :
Sem fé, sem esperança.
Sem trabalho, o homem se avilta,
Se maltrata, se irrita,
Por não poder levar o pão
Para alimentar a familia,
Fazer pelo menos, um refeição por dia.
Quer acima de tudo, a dignidade
Do emprego, não se sentir uma nulidade!
Quer ver sua família amparada.
Quer o que tem direto:Trabalho!
Não que se sentir um rebotalho!
Os braços em cruz estendidos,
Olhos no horizonte perdidos,
Caminha o povo para o calvário...
Até o dia, da redenção, sem tardança.
Depois da tempestade, vem a bonança.
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- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 28 de outubro de 2021 08:34
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 23
Comentários3
Bom dia poeta.
Excelente a tua descrição do momento atual em que passamos sob os comandos de vis, torpes e anti-Cristos que haverão sim, de passar, um dia.
1 ab
"...Depois da tempestade, virá a bonança."...
Meu poeta Jucklin Celestino Filho, anseio também por esta mudança. Mas nada neste momento (político), me representa. Mas vivemos no mundo de escolha...e com certeza minha opção não será pela balbudia e arrogância instaurada.
Abraços!
Sejamos a voz desses pobres, agora Cristos sendo recrucificados, porque não podem lutar por seus direitos! Não permitamos calados todo esse descalabro!
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