Jucklin Celestino Filho

CADÊ A PROVA?

Se o vento beija a face

Da jovem,

E ela não se afasta,

E ainda diz que não foi beijada...

Qual é a prova,

Se ninguém viu o vento?

Se a linda donzela se contradiz 

E agora afirma que o vento a beijou...

Qual é a prova, 

Se é invisível o vento?

Se a mata diz

Que não é mais virgem 

Porque o vento a penetrou,

Qual é a prova, se o vento é fresco?

Neste julgamento,

Para prolatar a sentença 

"Não tenho provas.

Convicção me basta"!

 

 

.

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de Outubro de 2021 16:11
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 17

Comentários2

  • Nelson de Medeiros

    Boa tarde mestre!

    S e n s a c i o n a l !!!!!

    1 ab

    • Jucklin Celestino Filho

      Obrigado, caro Nelson! Neste poema cometi um erro: proletar ( adiar) , por pralatar( proferir sentença).

    • Shmuel

      ..."Se a mata diz
      Que não é mais virgem
      Porque o vento a penetrou,
      Qual é a prova, se o vento é fresco?"

      Perfeito, Jucklin Celestino Filho.



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