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Em tempos fui um alcoólico
Não andava muito católico
Só fazia disparates
E andava nos engates
Percorri Portugal de lés a lés
Para ver se me distraía
Mas tinha de contar até dez
Para perceber por onde ia
Só pensava no copo de vinho
Que bebera em Vieira do Minho
E não me esqueço do Algarve
Quando bebi que nem um alarve
Dei por mim todo dormente
E a pensar constantemente
Naquela situação
Já que nem no verão
Dava ao copo uma folga
Só o que me empolga
É pensar no vinho
Descuidei o ninho
Que estava por um fio
E o meu mundo
Que já estava no fundo
Não podia arrastar
Aqueles que deveria amar
Com a tua ajuda
Curei esta dor aguda
Que consumia toda a energia
De noite e de dia
Sou uma nova pessoa
E grito até que a voz me doa
Salvaste-me do abismo
Resgataste-me do sismo
Puxaste-me das lamas
E tiraste-me das chamas
- Autor: F. Pires (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de outubro de 2021 05:13
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 21
Comentários3
Muito bom, poeta agradecer aos anjos bons que aparece em nossas vidas. Parabéns!
Obrigado Anny, graças a Deus é apenas pura imaginação mas bem real em muitas vidas.
Boa noite, poeta.
Que lindo sendo grato a alguém que lhe fez um grande bem. Por certo a pessoa também deve se sentir feliz, pois temos uma missão além de simplesmente viver: dar a mão ao necessitado, seja em que área for, não é?
Lindos versos.
Meu abraço.
Boa noite Edla, obrigado por suas palavras.
Já dizia Pessoa que o poeta é um fingidor que finge que é dor ,a dor que realmente sente. Belo poema. Aplausos.
Precisamente! Abraços
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