Filipe Miguel Baptista Pires

Salvaste-me do abismo.


Aviso de ausência de Filipe Miguel Baptista Pires
NO

Em tempos fui um alcoólico

Não andava muito católico

Só fazia disparates

E andava nos engates

 

Percorri Portugal de lés a lés

Para ver se me distraía

Mas tinha de contar até dez

Para perceber por onde ia

 

Só pensava no copo de vinho

Que bebera em Vieira do Minho

E não me esqueço do Algarve

Quando bebi que nem um alarve

 

Dei por mim todo dormente

E a pensar constantemente

Naquela situação

Já que nem no verão

Dava ao copo uma folga

Só o que me empolga 

É pensar no vinho

 

Descuidei o ninho

Que estava por um fio

E o meu mundo

Que já estava no fundo

Não podia arrastar

Aqueles que deveria amar

 

Com a tua ajuda

Curei esta dor aguda

Que consumia toda a energia

De noite e de dia

 

Sou uma nova pessoa

E grito até que a voz me doa

Salvaste-me do abismo

Resgataste-me do sismo

Puxaste-me das lamas

E tiraste-me das chamas

  • Autor: F. Pires (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de Outubro de 2021 05:13
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 21

Comentários3

  • Anny

    Muito bom, poeta agradecer aos anjos bons que aparece em nossas vidas. Parabéns!

    • Filipe Miguel Baptista Pires

      Obrigado Anny, graças a Deus é apenas pura imaginação mas bem real em muitas vidas.

    • Edla Marinho

      Boa noite, poeta.
      Que lindo sendo grato a alguém que lhe fez um grande bem. Por certo a pessoa também deve se sentir feliz, pois temos uma missão além de simplesmente viver: dar a mão ao necessitado, seja em que área for, não é?
      Lindos versos.
      Meu abraço.

    • Maria dorta

      Já dizia Pessoa que o poeta é um fingidor que finge que é dor ,a dor que realmente sente. Belo poema. Aplausos.



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