COVID-34

Maximiliano Skol

De mil e novecentos trinta e quatro 

Vim a ser, cá na Terra, um vírus atro, 

Conservando um propósito em mim

De perpetrar- me vivo e sendo afim

 

De adquirir no oxigênio o meu teatro.

Contra o vil gás carbônico idolatro 

Do sol a fotossíntese e, ainda assim,

No consumismo jaz-me um bom festim.

 

Sou vírus: por mim mesmo não existo...

Parasitando a Terra eu coexisto,

E nela eu me ‘replico’, irreverente,

 

Com minha descendência, e sem elipse

Mantenho o ser humano vastamente,

E ignorante do seu apocalipse.

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de setembro de 2021 09:28
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 35
Comentários +

Comentários3

  • Nelson de Medeiros

    Bom dia mestre.
    Parabens pelo soneto perfeitissimo!

    1 ab

    • Maximiliano Skol

      É com grande satisfação que recebo um comentário seu, prezado Medeiros.
      Um abração.

    • Eras

      Belo soneto, poeta.

      • Maximiliano Skol

        Não assim tão belo quanto o seu poema LUZ, prezado amigo Eras.
        Um abração.

      • Maria do Socorro Domingos

        Um soneto perfeito e didático! Diante de tanta beleza, até o Covid-34 ficou com uma apresentação mais suave.
        Parabéns, Dr.Maximiliano. Grande abraço e muito obrigada pela visita e comentário.



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.