De mil e novecentos trinta e quatro
Vim a ser, cá na Terra, um vírus atro,
Conservando um propósito em mim
De perpetrar- me vivo e sendo afim
De adquirir no oxigênio o meu teatro.
Contra o vil gás carbônico idolatro
Do sol a fotossíntese e, ainda assim,
No consumismo jaz-me um bom festim.
Sou vírus: por mim mesmo não existo...
Parasitando a Terra eu coexisto,
E nela eu me ‘replico’, irreverente,
Com minha descendência, e sem elipse
Mantenho o ser humano vastamente,
E ignorante do seu apocalipse.