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Maximiliano Skol

COVID-34

De mil e novecentos trinta e quatro 

Vim a ser, cá na Terra, um vírus atro, 

Conservando um propósito em mim

De perpetrar- me vivo e sendo afim

 

De adquirir no oxigênio o meu teatro.

Contra o vil gás carbônico idolatro 

Do sol a fotossíntese e, ainda assim,

No consumismo jaz-me um bom festim.

 

Sou vírus: por mim mesmo não existo...

Parasitando a Terra eu coexisto,

E nela eu me ‘replico’, irreverente,

 

Com minha descendência, e sem elipse

Mantenho o ser humano vastamente,

E ignorante do seu apocalipse.