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Quero, uma vez mais, navegar entre praias desertas,
procurando o seu olhar, a sua impertinente mirada.
Quero, uma vez mais, sentir a brisa refrescar meu corpo,
nesse navegar ao seu encontro, prisioneiro dessa paisagem.
Quero, uma vez mais, buscar no recôndito dessas areias,
o odor do seu corpo, nessa perseguição amorosa.
Procurar o calor do seu corpo, para aquecer-me,
aquecer-me nessas frias manhãs desse inverno tortuoso.
Quero afugentar-me das marés, dessa ressaca, desse seu olhar,
embalando-me meu corpo, objeto da sua procura.
Procurar nessa vida previsível o mormaço dos seus olhos,
provocando arrepios dessa sua impetuosidade feminina.
Quero sentir a brisa refrescante do seu corpo, uma vez mais.
Reatar laços frouxos desse barco sem proa, a esmo,
desses seus braços incertos, desses seus beijos convidativos,
de meu ser desgovernado, amando-a com sofreguidão.
Quero não sentir a angústia dessa poesia esfacelada.
Ter seu amor como oferta, cintilante nessa tarde fútil.
- Autor: JTNery (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 17 de setembro de 2021 07:43
- Comentário do autor sobre o poema: ao teu encontro
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
Comentários1
Belo apelo poético amigo!
parabéns , abraço.
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