No inverno do cerrado, seco... desbotado
meio tons desalentados, em duros suspiros
a vida no acinzentado pousa baços retiros
que no vário tece um baralhado bordado
Ao fim do dia, o tardar e ventos em giros
tudo se confunde no abstrato e, é levado
aos amuos incógnitos, ali tão rebuscado
dos balés rútilos dos voos dos lampiros
Há esparso fumo nos cenários fustigados
melancólicos, vão pelos ipês descorados
dum colorido breve, caídos no barranco
Os tortos galhos tão áridos, empoeirados
nostálgico, dão variegados tons anuviados
pra assim versejar os espaços em branco...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2017, agosto - Cerrado goiano
copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
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- Autor: poeta do cerrado - Luciano Spagnol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 10 de setembro de 2021 07:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
Comentários2
Bom dia poeta.
O soneto é de fato a mais profunda definição da poesia
1 ab.
Também acho poeta. Saudação!
Sonetos!!
Se eu voltar algum dia, quero vir sabendo fazê-los.
A vida não me deu chance de aprender e vai se esvaindo como fumaça. Mas uso o pouco tempo, esse que corre da gente e leva alguns sonhos não realizados para ler e me encantar com os "pequenos sons" dos poetas que nos presenteiam com lindas criações.
Desejo - te uma linda noite!
Meu abraço.
Obrigado pela saudação, igualmente. Paz e Bem!
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