Vilk Andrade

Na contramão

Na contramão vou seguindo, contra-mão arbitrária que leva para um precipício de injustiça sem fim, vias sem rotas de escapes e trilhas alternativas. Nado contra as ondas que tentam me atrair e me levar a um mar de manobra, que de longe aparenta ser belo e inofensivo, porém é profundo e perigoso.
Remo contrário a enxurrada de padrões e paradigmas que nos arrastam e nos afogam sobrepondo-nos jugos.
Corro com a impressão de estar solitário e singular, mas ouço sussurros espalhados das margens do caminho, são dos que foram exclusos e desprezados por não se adaptarem ao sistema.
É preciso coragem para pular da comitiva e continuar o percurso a pé, só assim se faz o próprio caminho.
Sigo tentando ser lampejo aos que vivem na escuridão, poesia em tempos banais e fúteis,
e ombro a quem não tem nenhum amparo.

  • Autor: Vam.Lira (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de Maio de 2020 03:50
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 19
  • Usuários favoritos deste poema: Vilk Andrade, Donzela do Gelo.

Comentários3

  • Camila Fiorentini

    Para aqueles que vivem de arte, e pretendem expandi-la... Amei.

  • Vilk Andrade

    Obrigado por comentar! Abraços

  • CORASSIS

    Texto excelente! andar na contramão
    das injustiças é caminho tortuoso é realmente preciso ter coragem ,onde a justiça parece penar!
    Parabéns!
    Abraço.

    • Vilk Andrade

      Sim, e creio não está só. Obrigado por comentar e um forte abraço Poeta



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