DOCE TORMENTA
Minhas lembranças estão turvas em teu rio
A ponta da tua língua limpa cada gotícula do meu corpo
Caçe em mim toda tua saliva
É só em mim que ela vive
É só em mim que ela goza
É só em mim que tua pele vibra
Morri uma segunda morte
Vivi pra te esperar
Minha cama é como um bloco de gelo efervescente
Caçe em mim todo teu desejo
Mostre teu rifle e solte teu fogo entre minhas pernas
Lembranças e soluços inundam a cama
Almofadas espalhadas e inchadas com o suor dos meus olhos
Lágrimas...
Salve tua febre na minha água
Mar salgado agri doce
Se entregue bêbado quente na minha grande cama de gelo
Lava, leve, lave toda tua alma no meu prazer
Meu coração ficou seco e meus olhos avermelhados
Inchados...esbugalhados
Minhas recordações estão em teu cio
Cama, lama, esparrama todo teu rio
Inflama...
Grito...
Mate tua segunda morte
Encontre comigo
Minha memória permanece no teu rio
Renasce límpido
Nada é triste, nada resiste
Tua pele na minha, sedenta
Teu pelo no meu
Doce tormenta
Vem...
Desejo teu corpo tua serpente
Minha cama é feita de fumaça fria
Queima feito bloco de gelo ardente
Vlad Paganini
- Autor: Vlad Paganini (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 10 de maio de 2020 08:53
- Categoria: Amor
- Visualizações: 13
Comentários2
Muiiiitooo, mas muito bom, poeta!
Parabens!
1 ab
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