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Ouvindo desejos...
Ando devagar para não despertar os sonhos
Ao longe, ouço as ondas do mar
Uma cantiga de ninar, que a mim proponho
Ouço minhas vontades ancestrais
Ir além do que conheço, ou acabo ficando pra trás
Ouço o vento que leva nuvens brancas
Balança os coqueirais
Saudades das terras longínquas, de andar solta sem olhar pra trás...
Saudades daquele sorriso branco
De abraços tantos
É o que ânseio mais...
(Ema Machado)
E então chego
E assim chego
No bom aconchego
Donde ouso me inspirar
E logo que me abasteço
Sigo meu caminhar
E só quando quase desfaleço
Volto a planejar novo recomeço
É assim é que cada vez mais
Vou produzindo rastros
Para guiar outros mais
Outros que sonham poder ir
Outros inquietos colibris
Polinizadores de um sonhado novo Éden
Que em conjunto, o fim dos sonhos impedem
(Lucita)
Ouvindo desejos...
Quantas vezes desejei
Algo ou alguém
Não era desejo, cobiça talvez!
Ouvindo desejos...
Lampejos de uma paixão
Vontades de quem ama
Pura sofreguidão
Desejos de beijar a vida
Em ávidos sentimentos
Caminhar de mãos dadas
nas vagas do tempo
mãos seguras e comprimidas
Ouvindo desejos...sigo
Ao encontro dos seus anseios,
querida
Ouvindo desejos em volume baixo
Quanto mais me distâncio
Avisto apenas fogo-fátuo
Acredito que nos descaminho,
eu me acho
Ante meus olhos, seus lábios,
Em sonhos, eu os beijos
Oh, doce quimera!
Dos utópicos enlevos
que eu jamais me esqueça
dos prenteciosos desejos
(Shimul)
Quem dera
Entre sonhos perdidos , outros em formações ,
O decanto certo do sorriso ou das lágrimas
Ver que a conquista será um passo certo ,
Continuar o prosseguir...
Ver a fé do peregrino não eximir
Quem dera
Pudéssemos dos sonhos
Determinar quando acontecer
Que todo anseio humano
Para o bem fosse encontrado
Em qualquer feira ou mercado
Quem dera pudéssemos com franqueza
Inicialmente o desejo sensato do
Ser mais fraco atender,
Pois toda essa orfandade
Por falta de sonhos
Não pode se intitular irmandade
Pois o que existe e mais que um pinguinho
De paz, igualdade, fraternidade
Entre as nações oceânicas .
(Corassis)
Hoje observo mais,
Pois já não tenho pressa
Ando devagar
Até meus pensamentos são lentos
E me observo mais neste tempo
Uma lágrima que resolve brotar no silêncio
As pessoas, eu as observo mais
E as acho lindas, criação perfeitas do Criador
Ando devagar observando
As paisagens, o sol, a lua...
Observo tudo sem motivo
Não disfarço, as vezes estou até distante
Mas é por que meu melhor encontro
É comigo, no aconchego do meu coração
Ando devagar...
Penso no equilíbrio que me sustenta
Nas traições e decepções
Mas, nada disso me machuca mais
Volto meu olhar para o belo amor
Que é dono do tempo
E me ensinou a ter paciência
Mesmo nas tempestades, nos longos ventos
E vou continuar a observar...
Cada detalhe...
Pois, não tenho pressa
Ando devagar!
(NeivaDirceuSM)
Quero sentir o suave calor do Sol da manhã
Aquecendo lentamente meu corpo novamente vivo
Em meio as belezas do Campo ando devagar
Preciso perceber o meu Sêr misturado aos outros
As cores das flores aguçando mais minha visão
Seus aromas de raras fragrâncias me fazendo pensar
Num breve instante essa pureza me dopa e vem o desejo
Viajo no tempo voltando ao passado encontrando o lugar
Sensação maravilhosa traz de volta o sorriso inocente
Aquele, de pela primeira vez na vida o amor experimentar
Me delicio! Revejo a vida em seus melhores momentos
Me sinto desejado, quero ficar nesse tempo
Ando devagar aproveitando tudo, não quero mais voltar.
(Cláudio Reis)
Faço um proêmio:
Receio seus lampejos
Fagulhas de desejo
A cativar meu coração
Faço silêncio:
Anseio ouvir o tempo
Guardar cada momento
Saudade e emoção
Faço incêndio:
Entrego-me com fervor
Esgoto-me até o torpor
No fogo da paixão
(Hébron)
Ouvindo Desejos do meu coração...
Andei por aí, procurando razão
Nas estradas da vida
Encontrei sintonia
E muita harmonia
Presenciei no amor, desejo de viver
Encontrei flores-de-maio e você!
A vida é presente que alumia
Seja de noite até mesmo de dia
Lapidei a paixão
Ouvindo os desejos do coração
Sentir o vento soprar benquerencia
Hoje não sinto mais aquela ausência.
(Ernane)
Um poeta já confessou
Ouvir as estrelas do céu
Foi aceito até por ateu
Ninguém dele duvidou.
Está notório aqui
Sem estranheza causar
E ninguém ousa refutar
Que alguns colibris poetas
Estão a " ouvir desejos"
E ninguém estranha a proeza!
Poeta nem chega a ser profeta
Mas,coisas surreais,com a linguagem arquiteta.
Se o cidadão " ouve desejos"
Ninguém duvidar enseja pois o idioma faculta
e ele usa,a linguagem figurada.
Mas,esse cidadão que ouve desejos
Certamente tem audição cibernética!
Ou audição fora de ética.
Só assim conseguirá captar
A tal língua dos desejos que ele está a ouvir.
Maria Dorta
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 30 de junho de 2021 21:53
- Comentário do autor sobre o poema: Mais uma produção dos poetas Colibris, grupo de amigos, onde a poesia faz festa.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 28
Comentários4
Emagnífica !!!
Que belo mesclado colibri Ema!
Sigamos felizes!
Maravilhoso trabalho dos meus queridos colibris!!!
Emagnífica!
Criatividade e justiça no termo cunhado pelo Claudio, que talvez tenha por significado ser repleta de virtude poética...
Belo mesclado e é uma satisfação ter participado.
Abraço, Ema!
Adorei esse mesclado, para mim, é um dos melhores que fizemos, de pé eu tiro o chapéu, parabéns a todos os poetas colibris.
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