Helio Valim

Luz que alveja

 

No rio, a lavadeira

a quarar a roupa,

aguarda pelo sol

que não a poupa!

 

Luz que a roupa alveja,

também, castiga o dorso

daquela que ao sol almeja

e cobra dedicado esforço.

 

Na pedra, a roupa alva

enxaguada pelo regato,

reflete, com toda a calma,

tão generoso regalo.

 

No vento, a roupa a secar

banhada pela luz solar

agarra-se sem descansar

ao seu desejo de alvejar

 

O brilho que a transforma

cobra calejada dedicação

daquela que se conforma

em resignada devoção.

 

(heliovalim.blogspot.com)

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de Junho de 2021 17:04
  • Comentário do autor sobre o poema: (heliovalim.blogspot.com)
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 13

Comentários2

  • Ema Machado

    Que delícia de poema, amigo!

    • Helio Valim

      Olá, Ema. Muito obrigado pelo delicioso comentário. Um grande abraço, minha amiga.

    • Helena Rodrigues

      Que lindo poema, e beleza no versar
      Me levou a um tempo de criança onde eu via as lavadeiras a disputar quem tinha a roupa mais branca... Saudades
      Abraço Poético

      • Helio Valim

        Olá, Helena. Obrigado pelo comentário. Fico feliz pelas boas lembranças que o poema estimulou. Um grande abraço



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