No rio, a lavadeira
a quarar a roupa,
aguarda pelo sol
que não a poupa!
Luz que a roupa alveja,
também, castiga o dorso
daquela que ao sol almeja
e cobra dedicado esforço.
Na pedra, a roupa alva
enxaguada pelo regato,
reflete, com toda a calma,
tão generoso regalo.
No vento, a roupa a secar
banhada pela luz solar
agarra-se sem descansar
ao seu desejo de alvejar
O brilho que a transforma
cobra calejada dedicação
daquela que se conforma
em resignada devoção.
(heliovalim.blogspot.com)