Litólatra
Não culpe a pedra
Se ela tivesse asas,não estaria ali
Não chute a pedra
Ninguém merece tal vilipêndio
Repara que o céu se abriu
É nuvens servem de conforto
O índigo profligou o gris
Não adianta exigir refrigério do urbano
Agora que tudo é refringente
Vamos refrondar nosso catre
E sonhar com Aglaias
Bosquejar um bosque
Sem se importar com a catrefa
A tarefa de sobreviver está ficando cada vez mais difícil
Sem poesia nada faz sentido
Por isso aceito doações de metáforas
Fico te devendo um devaneio,disse um passante
Não rejeito a rímula que veio por engano no lugar da rima
Vontade de ser Rimbaud
A poesia não precisa disso para existir.
EPR
- Autor: Ednei Pereira Rodrigues ( Offline)
- Publicado: 19 de junho de 2021 09:40
- Comentário do autor sobre o poema: poesia inspirada depois da leitura de uma notícia de jornal sobre um desabamento de um prédio em SP. http://gazetanews.com/predio-de-24-andares-desaba-apos-incendio-no-centro-de-sp/
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 26
Comentários1
Uau!!! Esplêndido!!! Muito poético!!!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.