Carlos Lucena

SONETO 19

SONETO 19

Não me resta apenas a dor silente
Que no meu peito em chaga se abriu
Resta em mim  uma  dor presente
Que nenhum outro coração sentiu.

É uma dor de ver tantos inocentes
Sem respirar o ar que o próprio Deus nos fez sentir
Pois  uma coroa de espinhos inclementes
Fez no peito uma ferida se abrir.

Queria esta flor com outro odor
E que não fosse flores delinquentes
A ornar uma coroa de pavor.

Queria antes rosa diferente
Fragrância perfumada de outro odor
Para não ter que encerrar o show tão de repente!

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de Junho de 2021 09:25
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 26

Comentários2

  • Shmuel

    Coisa linda de se ler, poeta Carlos Lucena.
    Abraços!

  • Levy

    Concordo com você, ótimo poema!



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