Pléin, pléin, pléin... faz o ruído no metal
Da goteira pingando no fundo da panela
Lá fora a tempestade urra como um animal
Dentro do meu velho casebre me escondo dela.
Meu bom barraco, cheio de remendos e com o teto furado
És um guerreiro que sobrevive ao tempo
Mesmo já sido muitas vezes foi inundado
Sem pintura, com tábuas podres ainda resiste ao vento.
Plum, plum, plum... agora ao balde também vai enchendo
Não sei até quando esse telhado ainda vai aguentar
Mas por enquanto estou seco e me aquecendo
Preciso de outra lata porque essa logo vai transbordar.
Assim sigo nessa vida pobre, desviando de goteira em goteira
Não é muito elegante, mas sei que toda tempestade é passageira.
- Autor: Altofe (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 17 de junho de 2021 10:11
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 19
Comentários5
Um casebre lindo!. Há uns cinquenta anos atrás morei em casebres. Meus pais foram oleiros, e as moradias eram bem simples. Adorei seu poema.
Abraços
Obrigado por sua leitura e comentário estimado poeta.
Poema com uma simplicidade abordada completamente envolvente! Parabéns poeta!
Muito obrigado por sua visita e seu comentário.
Um poema singelo, que carrega um teor de resignação e resiliência.
Muito bom
Abraço, poeta
Fico muito agradecido por sua apreciação notável poeta. Abs.
Belíssimo!!! Muito cativante! Amei a simplicidade!
Muito obrigado. Pela visita, eu acredito que as vezes é desnecessário tentar complicar, apesar de abusar um pouquinho da onomatopeia, acho que a vida é simples e são as pessoas que a complicam. Abs.
Fantástico Jose!
Um poema que poderia ser utilizado, inclusive, em sala de aula. Bem didático.
Muito obrigado por sua visita e pelo incentivo. Abs.
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