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Altofe

o Casebre e a Tempestade

 

Pléin, pléin, pléin... faz o ruído no metal

Da goteira pingando no fundo da panela

Lá fora a tempestade urra como um animal

Dentro do meu velho casebre me escondo dela.

 

Meu bom barraco, cheio de remendos e com o teto furado

És um guerreiro que sobrevive ao tempo

Mesmo já sido muitas vezes foi inundado

Sem pintura, com tábuas podres ainda resiste ao vento.

 

Plum, plum, plum... agora ao balde também vai enchendo

Não sei até quando esse telhado ainda vai aguentar

Mas por enquanto estou seco e me aquecendo

 

Preciso de outra lata porque essa logo vai transbordar.

Assim sigo nessa vida pobre, desviando de goteira em goteira

Não é muito elegante, mas sei que toda tempestade é passageira.