NO
Quase cinzas...
Tento, apagar um sentimento
Volta e meia se ergue, reacende algumas brasas do esquecimento…
Num momento raro, aliso a ternura que se apresenta...
Traz-me um misto de saudade e alento…
Passeio por teu sorriso solto
Ouço teus argumentos, sempre venceram meus agouros.
Sintonia estranha, às vezes me sentindo rainha, você o bobo da côrte
N'outras, apenas a estátua ante o escultor
Vivias moldando, meu gosto e costumes ao teu sabor…
Os dias se tornam insulsos, porém, não tenho medo de olhar adiante.
Você foi minha intenção de felicidade, e fui feliz de verdade…
Fomos parceria em mais uma, de suas jornadas
Sei, desejava mais, porém, para voar não estava preparada.
Olho despontar os dias, como fazíamos…
Aprecio o horizonte, nele agora, estás muito longe…
Tua lembrança em mim, torna-se apenas ‘nuances’…
Brasas se apagam, resta apenas a ternura que ainda afaga…
07/05/21
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de maio de 2021 22:39
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
Comentários2
Divaga nas palavras com habilidade. Sua narrativa é farta de sentimentos bons.
Boa noite, poeta, Emarilaine.
É no fim,sempre restam emoções e saudades,mas você as coaduna com muita suavidade,sem amargor. Linda veia poética em sua estética poética. É a escolha do fundo musical? De arrepiar!!!Chapéu!
Gratidão, Maria! Existem vivências que deixam cicatrizes, mas foram tão boas que a lembrança se torna terna...Abraço,
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