Eu quero na maior parte do tempo desistir
O medo da derrota é maior que o da tentativa
O temor que a sorte seja apenas uma carta invertida
E que jamais terei ainda que por duas eu viva
Acreditar que o amanha seja meu inimigo
Viver sempre em cautela é desesperador ao ponto de perder o juízo.
Mas você sente, uma, duas, infinitas vezes e ainda assim respira por negar
E então se torna sufocante, difícil de manter a paz, de achar seu lugar.
Abraçada a solidão, semeando aos poucos como seria funcionar de forma padrão
Quando não se encaixa, não se encontra, quando já não procura sentir
A vida de forma simples acerta o tapa da revelação
Não estamos para agradar, não somos apenas mais um a somar somos na terra de cego ainda que sem olhos a enxergar
Em meio a este devaneio, a esse balbuciar já me encontrei e me perdi sem ao menos conseguir contar
É não estar de mãos dadas consigo mesma, brincando de cabo de guerra
O conflito de sentir, o estopim pra discutir, o gatilho do medo e o tiro do fim.
- Autor: Libriana (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 2 de maio de 2021 17:28
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
Comentários4
Wow! Que profundo!
Seu poema transborda sentimento, é sincero e verdadeiro
Simplesmente adorei!
E... bem, aguenta firme, tudo passa 😉
muito obrigada! de verdade , nesse momento ter um retorno é saber que alguém me ouviu... e isso faz muita diferença.
Belo poema, poeta.
Ainda bem que na vida tudo é passageiro.
Poema forte e bom de ler. Expressa, os sentimentos de forma sincera, isto é muito bom e libertador, cara poeta!
Abraços, e por favor, nos agracie com seus escritos poéticos.
Abraços,
Muito bom!
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