Amo e não negaceio mas,titubeio
Amo o longe e a miragem
Amo o improvável e o difícil.
Minha vida? Lugar sem paisagem.
Sempre uma ventania
Onda indomável, agonia
Vulcão jorrando lava
Um nunca caber em mim
Transbordando sonhos inviáveis.
Vivia presa e pela metade
- Me largue! Pedi à sensatez!
- Não me tolha,quero renascer!
Juízo em demasia,só me fez sofrer.
Agora soltei as rédeas!
Quem me deu tanto axé?
Vá saber...não sei,nunca saberei!
Transito em bolhas. Frágeis são e o ar não me retém.
Liberta,ouso convidar- te. Vem!
Fazer-te meu refém.
Se lance na fogueira da vida
Sem censuras,vem, coragem!
Se deixe queimar na viagem.
Depois vou te cuidar,é provável.
Deixa eu te iludir.
Só finja acreditar.
Eu,de meu lado
Vou também, do meu lado também
Fingir ser aquilo
Em que desejo me tornar!
Vou em mim mesma acreditar.
Deixa eu te sonhar
E,quem sabe, me sonhar também.
Na miragem de querer amar
Em braços de fumaça me transmudar!
Maria Dorta escrito em setembro 2014
- Autor: Maria dorta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 2 de maio de 2021 14:22
- Comentário do autor sobre o poema: Brincando de recordar
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 60
Comentários6
Mais uma para vasta coletânea.
Abraços.
Obrigada por me ler.
Uau! Como sempre, muito poético!!!
Seus poemas são tão bons que me faltam elogios kk
Você é tão boa quanto eu. Agradeço.
Bondade sua! Nem sei como agradecer!
As vezes precisamos de muita coragem para mudar alguns aspectos da vida.
Belo poema, poeta.
É isso mesmo. Viver é ousar! Grata pela leitura.
Que poema lindo ?
A beleza está nos olhos que veem, grata pelo feedback.
Muito belo
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.