Colcha de Retalhos

Lidia Lorena

Eu não entendo como posso ser assim, meu Deus?

Cheia de riso e de choro ao mesmo tempo

Onde fervor e indiferença acham espaço, entre as flores e espinhos do meu ser

 

Eu não entendo a ambiguidade de quem sou, múltiplos sentidos, inúmeros trejeitos

Confusão, acerto e erro e tudo ao mesmo tempo

É como se eu fosse, mesmo, uma colcha de retalhos, feita de pedaços e pedaços de diversos tecidos diferentes, onde as cores se encontram, mas nunca se misturam, nobreza e subúrbio em conjunto, inocencia e malícia, tempestade e calmaria, ah, mas que agonia!

 

Vivo como se soubesse e sinto que sei, como se vivesse

Se tudo fosse tão simples, seria tão diferente?

 

Essas indecifráveis coincidências que abalam meus preceitos, me fazendo duvidar com total certeza: se eu sou, quem sou?

Por que estou aqui, assim, logo hoje, quem me trouxe? O emaranhado de acasos da minha vida, ou um Ser Supremo realmente se preocuparia em escrever o meu caminho, linha a linha, até chegar nesse instante? 

  • Autor: Lidia Lorena (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de abril de 2021 11:38
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 20
Comentários +

Comentários4

  • Zaira Belintani

    Sempre haverá essa dúvida: quem sou, de onde vim? Para onde vou?
    Somos seres desconhecidos até para nós mesmos.
    Lindo poema, Lídia Lorena!
    Aplausos!

    • Lidia Lorena

      Exatamente isso, Zaira. Muitíssimo obrigada!

    • CORASSIS

      Belo poema !
      a vida e como um retalho, de varias cores e tamanhos .
      parabéns poetisa , abraço.

      • Lidia Lorena

        Muito obrigada!
        Abraço.

      • Maria dorta

        Verdade,minha jovem! Somos uma contradição ambulante! Decifrar esse humano enigma...so com muita sabedoria ou quem sabe? Macumba reza brava rsrsrs...bela reflexão!

        • Lidia Lorena

          rsrsrs, disse tudo!
          Muito obrigada.

        • Ernane Bernardo

          Belíssimo poema poetisa Lidia Lorena, a vida é como uma colcha de retalho, somos um pouco de tudo e um pouco do nada. Bom dia, abraços poéticos.

          • Lidia Lorena

            Boa tarde, amigo. Muitíssimo obrigada. Outro abraço!



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