Eu não entendo como posso ser assim, meu Deus?
Cheia de riso e de choro ao mesmo tempo
Onde fervor e indiferença acham espaço, entre as flores e espinhos do meu ser
Eu não entendo a ambiguidade de quem sou, múltiplos sentidos, inúmeros trejeitos
Confusão, acerto e erro e tudo ao mesmo tempo
É como se eu fosse, mesmo, uma colcha de retalhos, feita de pedaços e pedaços de diversos tecidos diferentes, onde as cores se encontram, mas nunca se misturam, nobreza e subúrbio em conjunto, inocencia e malícia, tempestade e calmaria, ah, mas que agonia!
Vivo como se soubesse e sinto que sei, como se vivesse
Se tudo fosse tão simples, seria tão diferente?
Essas indecifráveis coincidências que abalam meus preceitos, me fazendo duvidar com total certeza: se eu sou, quem sou?
Por que estou aqui, assim, logo hoje, quem me trouxe? O emaranhado de acasos da minha vida, ou um Ser Supremo realmente se preocuparia em escrever o meu caminho, linha a linha, até chegar nesse instante?