Carlos Lucena

NADA SEI

"NADA SEI"

Não tenho dos doutores os anéis
Nem carimbo em diplomas assinalados
Só a rústica palavra que fura feito broquéis
E só trago em mim poemas inacabados.

Não trago na minha mão
A pena sábia dos doutores
Mas formato no coração
A sábia ciências dos amores.

Não falo as línguas dos homens e dos anjos
Nem conheço os segredos das Ciências
Porém sei que a virtude dos arcanjos
É a poesia divina pura essência.

No perípatos também não passeei
Nem tampouco andei nas virtudes dos sofismas
Mas de outro aprendi que nada sei
E o que sei são apenas malogradas cismas.

No peito apenas os rumores
Das frágeis conjecturas ora sóbrias ora insanas.
Porém neste peito está posto os amores
Que dispensa as definições humanas!

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de Abril de 2021 03:14
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 22

Comentários2

  • -RISCO-

    Belíssimo poema!

  • Maria dorta

    Com ou sem sofismas,está claro que teu peito o melhor da vida encerra: os amores! Gostei!



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