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Carlos Lucena

NADA SEI

\"NADA SEI\"

Não tenho dos doutores os anéis
Nem carimbo em diplomas assinalados
Só a rústica palavra que fura feito broquéis
E só trago em mim poemas inacabados.

Não trago na minha mão
A pena sábia dos doutores
Mas formato no coração
A sábia ciências dos amores.

Não falo as línguas dos homens e dos anjos
Nem conheço os segredos das Ciências
Porém sei que a virtude dos arcanjos
É a poesia divina pura essência.

No perípatos também não passeei
Nem tampouco andei nas virtudes dos sofismas
Mas de outro aprendi que nada sei
E o que sei são apenas malogradas cismas.

No peito apenas os rumores
Das frágeis conjecturas ora sóbrias ora insanas.
Porém neste peito está posto os amores
Que dispensa as definições humanas!