Teve fim, a vida de uma traça,
teve fim, se foi aquela traça,
ninguém enfim, sentiu falta da traça,
era uma noite,
estava lá a traça,
dormindo na praça,
uma traça comum,
sem graça,
dessas que você passa,
e apressa o passo,
dessas quê ninguém abraça,
e alguém alí,
distraído com sua rotina,
vestido com sua carapaça,
tropeça na traça e grita,
que desatento,
a traça rola com o vento,
já estava sem vida,
morreu desnutrida,
sem amor,
sem acalento,
ninguém se importa,
pois é só uma traça,
dessas nunca escassa,
brota outra logo por aí,
é só uma traça, e daí,
dessas que têm por toda parte,
que vêm e que partem,
quê invadem,
o espaço de lazer,
para tentar sobreviver,
não haverá devassa,
pois a jurisdição ultrapassa,
as sirenes não fazem arruaça,
pois era apenas uma traça,
teve fim a vida de uma traça!
- Autor: @sorriseteria - Por: Bruno Garcia Santana ( Offline)
- Publicado: 13 de abril de 2021 07:26
- Comentário do autor sobre o poema: Extra, extra! Morte de traça supera mais um recorde!
- Categoria: Fantástico
- Visualizações: 48
Comentários2
Poema bastante metafórico, quase simbólico, um grito de denúncia abafado. Chapéu!
Grato pela suas palavras e seu prestígio!
Era apenas uma traça
Era apenas um sem teto na praça
Era apenas um pedinte invisível
Pedinte traça da praça
Gostei muito da sua sensibilidade em usar está metáfora. Traça
Poesia que escrevi a bastante tempo e estava quase que esquecida em um caderno velho... Uma das favoritas que eu escrevi, tenho um carinho especial por ela. Honrado com sua participação mais uma vez, Mônica!
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