Teve fim, a vida de uma traça,
teve fim, se foi aquela traça,
ninguém enfim, sentiu falta da traça,
era uma noite,
estava lá a traça,
dormindo na praça,
uma traça comum,
sem graça,
dessas que você passa,
e apressa o passo,
dessas quê ninguém abraça,
e alguém alí,
distraído com sua rotina,
vestido com sua carapaça,
tropeça na traça e grita,
que desatento,
a traça rola com o vento,
já estava sem vida,
morreu desnutrida,
sem amor,
sem acalento,
ninguém se importa,
pois é só uma traça,
dessas nunca escassa,
brota outra logo por aí,
é só uma traça, e daí,
dessas que têm por toda parte,
que vêm e que partem,
quê invadem,
o espaço de lazer,
para tentar sobreviver,
não haverá devassa,
pois a jurisdição ultrapassa,
as sirenes não fazem arruaça,
pois era apenas uma traça,
teve fim a vida de uma traça!