Olho pela janela,
janelas me olham.
Imagino, o que pensam.
O que tentam dizer,
seus desejos e súplicas,
entreabertas ou fechadas.
O que têm a esconder
por trás de cortinas,
as crises reprimidas?
O tentam mostrar
por trás do reflexo do vidro,
o casamento perdido?
O que querem esquecer
por trás do vidro fumê,
a agressão descabida?
O que suplicam compartilhar
por trás das venezianas,
a solidão espartana?
O que desejam apurar
por trás de indiscretas janelas
além de sentimentos e mazelas?
“Suspense” e súplicas no ar,
pelas janelas da curiosidade
a irresistível intimidade no olhar.
- Autor: Helio Valim (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 5 de abril de 2021 11:48
- Comentário do autor sobre o poema: Inspirado no filme de “suspense”, “Janela Indiscreta” de 1954, dirigido por Alfred Hitchcock e escrito por John Michael Hayes
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
Comentários2
Ótimo poema. Janelas e janelas!
Muito obrigado pelo comentário. Um abraço.
Belo tema, muito bem explorado.
Aplausos, poeta!
Olá, Zaira. Obrigado pelo comentário. Um abraço.
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