Maximiliano Skol

AH, SE EU PUDESSE...

Ah, se eu pudesse ver o invisível,

Se eu pudesse sentir uma falácia,

Se eu pudesse ouvir o inaudível,

Se as cores todas fossem de violácea,

 

Se percebesse falso o que é tangível,

Se eu ao menos tivesse a pertinácia

De afimar-me com fé o nunca crível;

E se assim eu tivesse tanta audácia 

 

Talvez eu atingisse o inalcançável: 

Toda a gente de mim invejaria

Minha felicidade inconfessável 

 

A ponto de julgarem patogênico

Meu modo de sentir e que seria 

O típico de ser-me esquizofrênico.

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de Abril de 2021 12:14
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 51
  • Usuário favorito deste poema: Poesia, Eu Sou iamai.

Comentários5

  • Poesia, Eu Sou iamai

    "A ponto de julgarem patogênico
    Meu modo de sentir e que seria
    O típico de ser-me esquizofrênico."
    (Acredito que o altruísta verdadeiro também está sujeito a esses julgamentos)

    Poema envolvente do início ao fim.
    Ler seus poemas é encantador.
    Bravo! Bravíssimo!

    • Maximiliano Skol

      Meu prezado Iamai, me sinto assaz lisonjeado com o seu comentário, e, ainda mais, por ter o soneto como favorito. Sua sensibilidade lhe proporciona a beleza dos poemas que você compõe.
      Um forte abraço.

    • Claudia Casagrande

      Sem todos esses super poderes, vivemos achando que somos espertos por termos certas visões, nem sempre certeiras.

      Fiquei sumida um tempinho e com saudades de ler seus envolventes poemas.

      grande abraço

    • Maximiliano Skol

      Bem-vinda, querida Casagrande. Fico feliz com sua presença.
      Um beijo.

    • O Sonhador mor

      Boa noite prezado Max(perdoe-me a intimidade não autorizada) lendo os seus poemas me senti como um grão de areia no deserto do Saara, seus poemas são envolventes.
      Esta foto que eu olho não sou eu...
      Naquele dia eu era, fiquei lá.
      Ali, eu sou aqueloutro que viveu,
      Hoje, eu sou aqueloutro,aqui,que está

    • Isollina Barboza

      Magnífico!



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