Levy

Me da um tiro

Arranque meu sorriso

Vaga mente sem alívio

Afogue me no Rio

Sem alívio, sempre sem alívio

Nada que faço tira isso que eu sinto

Jacinto nada

Fruto da desesperança

Hoje tempos bons não passam de lembrança

Já fui criança? Sou até hoje.

Só espero que Deus minha alma poupe

Eu tenho pouco, não divido muito

O rei do umbigo que vive no próprio mundo

Queria tudo, queria nada

Eternamente descendo a escada

Não tenho teta, mas sou uma vaca

Eternamente ordenhando essa dor para que saia

É tão amarga, poluí os arredores

Talvez seja por isso que não tô no outdoor

To tão cansado, tão tão cansado

Nada cura isso nem mesmo um salário

Esse buraco, sem fundo e rasgado

Chamo de coração, meu rival e aliado

É tão pesado, nem sei o porquê

Só sei que quando me vejo eu olho pra você

Solo et, cadê minha nave?

Tantas estrelas mas nenhuma que me cabe...

  • Autor: Levy (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de Abril de 2021 09:51
  • Comentário do autor sobre o poema: Somos todos iguais
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 18

Comentários1

  • Shmuel

    Tantas estrelas mas nenhuma que me cabe...
    Encantador!
    Boa noite ao poeta!

    • Levy

      Obrigado!
      Boa noite e um abraço!



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