A vida beija o humano,
com o sopro de vida.
Subitamente ao nascer,
acorda e anseia por viver,
sem perceber o seu engano.
Mas, logo que é capaz,
sente o sentido da vida
e nasce chorando,
contra tudo reclamando,
a procura de alguma paz.
Sofrendo sensível temor,
ao contemplar o exterior
expulso, sem piedade
do seu ninho materno,
o útero, seu berço eterno.
Lutando contra o minuto,
sugando a eternidade
no seio da humanidade,
sem conseguir escapar
ele sobrevive à verdade.
Abraçando o mundo
com suas ideias futuras,
até agora, tão imaturas,
confirma sua dificuldade,
em sobreviver à maturidade.
- Autor: Helio Valim (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 30 de março de 2021 14:19
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 16
Comentários2
Lindo emocioante poema. Tens da arte o diploma! Aplauso!
Obrigado, Maria Dorta. Sempre muito gentil. Um abraço.
Belo, demais, poeta! Grande abraço,
Obrigado, Ema. Fico feliz que tenha gostado. Um abraço.
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