A vida beija o humano,
com o sopro de vida.
Subitamente ao nascer,
acorda e anseia por viver,
sem perceber o seu engano.
Mas, logo que é capaz,
sente o sentido da vida
e nasce chorando,
contra tudo reclamando,
a procura de alguma paz.
Sofrendo sensível temor,
ao contemplar o exterior
expulso, sem piedade
do seu ninho materno,
o útero, seu berço eterno.
Lutando contra o minuto,
sugando a eternidade
no seio da humanidade,
sem conseguir escapar
ele sobrevive à verdade.
Abraçando o mundo
com suas ideias futuras,
até agora, tão imaturas,
confirma sua dificuldade,
em sobreviver à maturidade.