Fragmentos

Helio Valim

 

No amanhecer azul...

Alvorece a harmonia

com uma bela sinfonia.

 

No céu azul...

Goteja o rio melodia

no café do novo dia.

 

No entardecer carmim...

O sol desce do alto,

depois do salto.

 

No horizonte carmim...

O sol aquece e ilumina

o mar, o céu e até a rima.

 

No anoitecer cinza...

O sol no fim, de fato,

no seu último ato.

 

Na sombra cinza...

O sonho leva consigo

todo o nosso castigo.

 

Imagens afloram em mim,

fragmentos de um dia afim,

marcas ocultas no inconsciente

de minha alma vã e descrente,

à procura por paz premente.

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de março de 2021 14:35
  • Comentário do autor sobre o poema: Foto ilustrativa: fragmento da Escadaria Selarón que liga os bairros de Santa Teresa e Lapa, no Rio de Janeiro, decorada pelo artista chileno, radicado no Brasil, Jorge Selarón. Foram usados fragmentos (cacos) de cerâmicas trazidas por visitantes de vários estados e países.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 15
Comentários +

Comentários4

  • Ema Machado

    Lindos Fragmentos! Já estive aí, um lugar pitoresco e muito agradável! Abraços,

    • Helio Valim

      Ema, obrigado pelo comentário. Um grande abraço.

    • Helena Rodrigues

      Fragmentos... Bonito poema
      E bonita a descrição do fragmento ...
      Nunca estive no Brasil
      (com grande pena)
      Mas ultimamente tenho ouvido muito falar do, bairro santa Teresa
      Na novela Império
      Gostei de saber que existe mesmo, e com fragmentos tão especiais
      Gostei de tudo, bonita homenagem
      Parabéns poeta
      Grande abraço

      • Helio Valim

        Olá, Helena. Obrigado pelo comentário gentil. A escadaria existe e a história do artista plástico é verdadeira. Um grande abraço.

      • Maria dorta

        Belo todos teus fragmentos e a riqueza das rimas. Chapéu!

        • Helio Valim

          Muito obrigado, Maria Dorta. Sempre muito gentil. Um grande abraço.

        • Claudia Casagrande

          A beleza do seu poema equipara-se a beleza da cidade que me apaixonei, por todos os encantos e alegrias que aí vivi em poucos dias.
          No passeio à Lapa, choveu, infleizmente. Apenas nesse dia.
          No entanto tive a alegria de ver a inauguração da árvore na Lagoa, de ver gravação de novela na praia, de tentar dançar...rsss... e ver ídolos no Salgueiro, de assistir o pôr do sol no Arpoador, entre outros.
          Seu poema remeteu momentos inesquecíveis.
          um grande abraço

          • Helio Valim

            Olá, Claudia. Obrigado pelo comentário, mas o Rio é não tem comparação, é muito bonito, apesar de tão maltratado ultimamente. Grato pelo carinho ao Rio. Um grande abraço.



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