Cores segundo os dicionários vem do verbo corar, enrubescer, e eu de repente, olhando pela janela simplesmente resolvi discorrer sobre o tema. Não sei o motivo ao certo, mas me sinto desperto pra divagar sobre o assunto, tentar colorir as palavras e quem sabe no fim encontrar um arco íris.

Então vamos lá, azul é a cor do mar, a cor do céu, é a cor do chapéu de um personagem infantil, tanta beleza tem o azul que estampa o cruzeiro do sul na bandeira do Brasil. Azul é sinônimo de tranquilidade, serenidade e harmonia, se representa tanto para o mundo, porque não na poesia?

Amarelo é luz, é calor, descontração, é a cor do ouro e reluz e faz do sol o seu panteão. Já foi submarino e até cor de castelo, brilha nas madeixas por aí, e dá cor ao marmelo. O verde por sua vez é a cor da esperança, dos verdes pastos do mundo e povoa a mente da criança, que acredita num marciano que vive em outro plano, olhos grandes, baixinho, esverdeado salvo engano.

O vermelho é a paixão, indica coragem e força, o coração. As rosas vermelhas nos jardins, as flechas vermelhas dos querubins, o vermelho do fogo no vulcão. Vermelho pode ser guerra ou tanto pode ser paixão, única coisa que não fica vermelha é a tal da emoção, chorando ou sorrindo, o mundo todo colorindo o vermelho não perde a razão.

O preto é a falta de cor, para muitos significa a dor, mas nas cores que eu pinto, o tom preto mesmo sucinto marca a sua importância, representa fertilidade, autoridade e sofisticação, e em contraste com o branco, disforme feito tamanco ele renova a decoração.

Pra terminar essa aquarela, fechar de vez a minha tela, eu vou misturar todas as cores, misturando sentimentos, registrando os momentos como um pintor renascentista, o quadro final eu não vou mostrar, deixo você imaginar, pintar com os olhos da emoção, para que as cores do mundo renasçam pra você como uma doce canção.

Jose Fernando Pinto